Monday, October 08, 2007

Change your heart

Começo assim como Beck a cantarolar aos primeiros créditos finais de "Eternal Sunshine of Spotless Mind", ronco arrombador de peitos plantado por Charlie Kaufmann a quem acreditar que o amor possa sobreviver, sim, a um desmonte de memória, barraco despencado sob a neve de fim de ano de uma estação a quase hora de Nova York.
A menor lembrança de um amor maior era chance de a lágrima correr. Bem que eu tentei não pensar em amor quando o telefone não tocou e preferi trocar aquele toque por uma massa preta e branca cantar o que era sua vida e sua história e seu amooooôor.
Corta. A tal da Lacuna Inc. funcionou. O que era amor àquela hora não é mais. Nem mesmo história. A massa brilha feito azul no céu sem riscos, arrebatada pelo homem que chora, dispensando o abraço para viver a própria redenção da dor.

Labels:

Monday, October 01, 2007

Ressuscita-me!

Ouça a Gal, tal a música em que pede aos seus pés que caiam da cova, impulsionados por um sangue de vista e vida soprando a terra da garganta para fora. A vida tem janelas, meus olhos brilham e ardem com o vento soprando do ventilador _artificial aqui é natural, já libertado do medo pessoal e intransferível. Ah, meu deus, por que uns trocados a mais congelam minha vida num semi-sotão, impedido de viver distribuindo sílabas a torto, garantindo ao mal que não brilhe mais uma vez.
Me dou correntes para destroçá-las e sentir que o mundo nem é tão cruel quando estiver longe, mesmo não sabendo em qual das estradas prefiro estar agora.
Ok, me dê uns trocados, mas não peça meu coração, que já tem dono, alguém que merece um pequeno brilho de olhar trocando a dispensa do dia por minutos breves sem reunião.

Labels: