Sunday, May 25, 2008

O real da vida

Meus dedos não formigaram nem meu coração deixou de bater. Sinto que as coisas passaram e mais uma vez deixei de ver como elas acontecem.

Ou não acontecem, porque é assim que a vida vai funcionando —assim, sem funcionar.

Não vi sangue, não vi fuligem, não vi a barriga crescer nem mesmo meu teto desabar. O tal choque de realidade ficou para depois.

Depois, quem sabe, não seja mais.

A vida não passou pela minha frente e assim ela se esvai. Tal como a chama tratada por Neil Young e que ganhou eco em cartas de um cara aí.

Talvez ele tivesse razão. Talvez não.

Deixo o embaraço de apenas eu entender o que se passa aqui.

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