Escolha não escolher
Ha-ha, ora, ora, a ordem pessoal. Os corações de pedra só balançam sob o fogo do desespero. Pedra = gelo. Ora, tentem aquecê-los. Claro que sob a névoa de uma sexta-feira à noite, 12 graus e garoa fina entre as esquinas da Brigadeiro e da Augusta, sem o céu de Ipanema para enfeitar essa cidade suja, é mais difícil driblá-lo.Certo, então corrompa as nuvens de pensamento enquanto assiste a um filme duro. Tente blindar o que sente quando sair à rua, trôpego de dor. Esqueça o ônibus que só deve surgir quando faltar cinco minutos para a 1h da manhã. Talvez ele não venha.
Junte os cacos do seu estômago enquanto ele balançar e seu corpo saltar sobre as lombadas. Não pense. Abra a cerveja da solidão, belisque o aperitivo da dor. Com o joystick na mão, drible a vontade de ter quem não mais te quer.
Esqueça os CVVs pessoais. Arrume um emprego. Ou faça como o Renton, de "Trainspotting": escolha não escolher a vida.
Prefira os livros de Irvine Welsh.
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